No vasto cenário da inovação científica, o nome de Alessandro Volta brilha como uma estrela, destacando-se pela sua contribuição pioneira para a eletricidade. Nascido em 18 de fevereiro de 1745, na pequena cidade de Como, próxima a Milão, Itália, Volta tornou-se um renomado cientista e inventor, notório por sua invenção revolucionária: a pilha elétrica.
A história dessa descoberta fascinante tem suas raízes em uma série de experimentos realizados por Luigi Galvani, que, em 1791, observou contrações musculares em uma rã quando em contato com metais diferentes. Galvani acreditava erroneamente que a eletricidade originava-se nos músculos do animal. Contrariando essa visão, Volta conduziu experimentos próprios, concluindo que a eletricidade era gerada pelo contato entre metais distintos e não pelos músculos da rã.
Essa conclusão levou à criação, em 1800, da primeira pilha voltaica ou pilha galvânica. Consistindo em discos intercalados de zinco e prata, conectados por um fio condutor e embebidos em uma solução de salmoura, a pilha de Volta transformava energia química em elétrica. Essa disposição de discos, empilhados como uma coluna, deu origem ao nome "pilha".
A notável invenção de Volta não passou despercebida. Em 1801, ele demonstrou sua pilha na Academia de Ciências de Paris perante ninguém menos que Napoleão Bonaparte, que ficou impressionado. Como reconhecimento, Volta recebeu uma medalha de ouro, 2000 escudos de ouro e o título de conde do Reino da Itália em 1810.
Além de sua contribuição para a eletricidade, Volta foi um estudioso autodidata e um inventor prolífico. Desde o desenvolvimento do eudiômetro em 1776 até o isolamento do gás metano, suas contribuições abrangeram diversas áreas da ciência. Mesmo sem um diploma formal, Volta ascendeu a cargos de destaque, tornando-se professor de Física Experimental e posteriormente reitor na Universidade de Pávia.
A pilha de Volta deixou um legado duradouro, influenciando a evolução da tecnologia e impulsionando a compreensão da eletricidade. Sua imagem e uma representação de sua pilha adornam até mesmo uma nota de 10 mil liras emitida pelo Banco da Itália em 1984.
Alessandro Volta faleceu em 5 de março de 1827, aos 82 anos, deixando para trás não apenas uma descoberta monumental, mas um exemplo de perseverança, autodidatismo e contribuição significativa para o avanço da ciência. A história das pilhas é, portanto, intrinsecamente ligada ao nome de Volta, cuja genialidade iluminou o caminho para novas fronteiras na eletricidade.
Este artigo é uma contribuição do Blog da Casa do Eletricista, o seu espaço para ficar atualizado sobre as últimas novidades e conhecimentos no mundo da eletricidade.
Curta e compartilhe:
Comenta aí, esse conteúdo foi útil para você?